O que aconteceu com o Hurb? Da ascensão à queda

Entenda o colapso do antigo Hotel Urbano: de startup de viagens à falência bilionária!

Sabe aquela agência de viagens que bombava com promoções irresistíveis de hotéis e pacotes baratos? O Hurb, antigo Hotel Urbano, era um grande sucesso entre os brasileiros que sonhavam com viagens acessíveis. Mas a história deu uma reviravolta dramática: depois de quase quebrar na pandemia, a empresa tentou se recuperar, só pra enfrentar um colapso total em 2025.

Se você tem pacotes pendentes ou prejuízos, este texto explica tudo de um jeito simples. Vamos relembrar o que rolou?

O começo promissor: o boom do Hotel Urbano

Fundado em 2011 por João Alisson e Antonio Dias, o Hotel Urbano (depois rebatizado Hurb em 2020) surgiu como uma startup inovadora no turismo online. A ideia era conectar viajantes a hotéis e pacotes com descontos malucos – até 70% off em destinos como Rio ou Miami.

Com apps fáceis e marketing agressivo nas redes, a empresa cresceu rápido: em poucos anos, faturava milhões e tinha milhões de usuários.

Era a era das viagens low-cost no Brasil, e o Hurb surfava na onda. Parcerias com hotéis globais e uma vibe jovem fizeram dela a queridinha dos millennials. Mas aí veio 2020…

A crise da pandemia: o primeiro baque

A COVID-19 parou o mundo em março de 2020, e o turismo foi o mais atingido. Voos cancelados, hotéis vazios e reembolsos intermináveis: o Hurb acumulou uma dívida bilionária (mais de R$ 1 bilhão só em passivos). Milhares de clientes ficaram no vácuo, esperando devoluções que não vinham.

Em agosto de 2020, a empresa pediu recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pra evitar a falência. Foi um escândalo: protestos virtuais, processos no Procon e até intervenção da Anatel.

O Ministério Público abriu inquérito, e o Hurb prometeu reestruturar. Uma reportagem da Agência Brasil de 2025 relembra esses primeiros passos, mostrando como a crise inicial plantou as sementes do caos atual.

A tentativa de renascimento… e o tombo em 2025

Nos anos seguintes, o Hurb tentou se reinventar: mudou nome, cortou custos e focou em vendas online. Mas as dívidas persistiram, e os clientes continuavam reclamando de reembolsos atrasados. Em janeiro de 2025, já circulavam notícias de 14 processos de falência contra a empresa.

Aí veio o golpe final: em abril de 2025, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) encerrou negociações pra um acordo, alegando que o Hurb falhava em provar capacidade de cumprir promessas.

Logo depois, o Ministério do Turismo cancelou o Cadastur da empresa – o registro obrigatório pra operar no setor turístico. Sem isso, o Hurb perdeu o direito de vender pacotes formalmente.

Pra piorar, uma decisão judicial congelou o domínio hurb.com.br, deixando o site fora do ar. A conta no Instagram virou um mistério, com posts enigmáticos que alimentaram teorias de fim definitivo. Uma cobertura do G1 detalha essa sequência de eventos, incluindo o impacto pros consumidores.

Os impactos: o que sobrou pros clientes?

Milhares de brasileiros ainda esperam reembolsos de pacotes comprados anos atrás. Com a falência em curso, credores brigam por ativos, mas pouca coisa sobra. O Procon e o Idec recomendam ações judiciais coletivas: se você foi lesado, junte documentos e procure o Juizado Especial Cível (pra valores até 40 salários mínimos, sem advogado).

O caso expôs falhas no setor: falta de regulação forte e proteções insuficientes pro turista. Hoje, agências como Decolar e CVC dominam, mas o Hurb serve de lição: promoções boas demais podem ter pegadinhas.

Pra fechar: lições de uma viagem sem volta

O Hurb nasceu como sonho de viagens acessíveis, mas afundou na pandemia e nas dívidas. Em 2025, o cancelamento do Cadastur e o site fora do ar marcam o fim oficial – ou quase, já que processos rolam. Se você tem algo pendente, atue rápido: denuncie nos órgãos de defesa do consumidor e busque ajuda legal.

O que acha? Já comprou algo no Hurb e ficou na mão? Compartilha sua história nos comentários. Quem sabe não vira um alerta pra todo mundo viajar mais esperto da próxima vez.

Tales Almeida
Profissional mineiro especializado em comunicação digital e avaliação de atendimento ao consumidor. Com trajetória iniciada há mais de 10 anos no mercado, desenvolveu expertise autodidata em redação para web. No Telefones das Empresas, conduz pesquisas aprofundadas sobre qualidade de atendimento e eficiência dos canais de comunicação das principais empresas brasileiras.